O “Pega a Visão” desta sexta mistura bastidores quentes e boas novidades: tem oficina “Portanto, o encanto” com Gui Antonio no Festival Circo no Beco, mergulho nos fundamentos do ilusionismo e da presença cênica; tem o ex-presidente Eric Eswin botando lenha na fogueira do FISM 2025 e cobrando mais transparência depois da edição de Turim; e, do outro lado do Atlântico, a Cia. Fundo Falso leva “Fraude Honesta” ao Fringe, com direito a produtor mirim de 9 anos roubando a cena nos bastidores. Quer saber como a mágica pode virar ferramenta teatral, por que a Olimpíada da mágica está sob fogo cruzado e como um pequeno brasileiro virou sensação em Edimburgo? Então pega a visão e vem com a gente!
Divulgação
OFICINA COM GUI ANTONIO NO FESTIVAL CIRCO NO BECO
A oficina “Portanto, o encanto” apresenta fundamentos práticos e teóricos do ilusionismo para quem quer entender como tornar um número mais “invisível” aos olhos do público. Gui Antonio aborda atenção, presença cênica e linguagem corporal, mostrando como a mágica pode funcionar tanto como recurso cênico próprio quanto como complemento para outras artes.
A oficina acontece dia 8, na próxima sexta, no 16º Festival de Circo e Artes de Rua do Coletivo Circo no Beco. O festival vai de 1º a 11 de agosto de 2025 na Rua Belmiro Braga, 187, Vila Madalena, São Paulo. A programação inclui espetáculos de circo, palhaçaria, oficinas, rodas de conversa, palestras e shows, todos com entrada gratuita (colaboração espontânea ao chapéu). O evento conta com apoio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo pelo Edital Paulo Gustavo e divulgará a grade completa nos próximos dias.
Gui Antonio é Mágico profissional há dez anos, começou na rua e, em 2018, lançou a conferência “A Rua como Primeiro Passo para o Seu Investimento”. Atuou em intervenções como “Jogo dos Magos” (SESCs de São Paulo), integrou o espetáculo “Claustromagia” no SESC Avenida Paulista e prestou consultoria mágica para o Grupo Oculto do Aparente. Em 2021 foi mestre de cerimônias do Varité Noite Mágica 2.0 e, recentemente, pesquisa a mistura de mágica, poesia e literatura de cordel.
Reprodução da internet
FISM SOB FOGO: EX-PRESIDENTE COBRA TRANSPARÊNCIA APÓS TURIM 2025
O Campeonato Mundial de Mágica mal terminou e a discussão segue viva, alimentada pelo depoimento de Eric Eswin, ex-presidente da FISM, publicado e traduzido ao japonês esta semana. Ele começa reconhecendo o esforço da organização de Walter Rolfo, elogiando a pontualidade e a densidade da programação, mas logo aponta que “algumas questões importantes precisam ser consideradas” se a federação quer manter o torneio como referência mundial.
O primeiro alvo é o principal palco de Turim, descrito por Eswin como “uma tenda que jamais deveria ter sido aprovada”: “Foi uma vergonha receber o ‘Torneio Mundial de Mágica’ numa tenda. Não há desculpa.” Também criticou a troca de identidade visual, o nome oficial “FISM World Championship of Magic” quase sumiu sob o selo “FISM Italia 2025” e a marca Masters of Magic, e classificou como “grave” o contrato de cessão de direitos apresentado aos competidores na chegada, documento que, segundo ele, não faz parte dos regulamentos da FISM.
Eswin encerra com um alerta: esta já seria a “segunda vez” que o branding comercial se sobrepõe às diretrizes da federação (a primeira teria ocorrido em Rimini 2015) e pede “liderança mais clara” do conselho para evitar um terceiro desvio em 2028. Enquanto elogios e queixas se misturam nas redes, o recado é claro: o FISM continua indispensável, mas precisa equilibrar espetáculo e transparência se quiser manter a coroa de maior evento de mágica do mundo.
Reprodução da internet
CIA. FUNDO FALSO LEVA PRODUTOR MIRIM AO FRINGE E CONQUISTA A WEB
Conhecida por suas montagens que misturam ilusionismo com outras linguagens, provocando reflexão social, a Cia Fundo Falso está na Escócia para o Edinburgh Festival Fringe, com o espetáculo “Fraude Honesta”. Mas quem está roubando a cena no maior festival de artes do mundo é um nome novíssimo: o produtor mirim Francisco Malerbi.
Filho do mágico e diretor Ricardo Malerbi e da magicista Camis Rivetti, Francisco estreia oficialmente como produtor no Fringe e já coleciona likes, comentários e compartilhamentos nas redes da Cia. Fundo Falso. Aos 9 anos, naquela idade que as crianças começam a espichar e ganhar altura, Francisco já domina os bastidores e acompanha a logística das apresentações, inclusive fazendo mágica.
Reprodução da internet
Além de fazer a asssitência de iluminação, ajudando sua mãe Camis, que está na função técnica do espetáculo, Francisco faz mágica pela cidade, para ajudar a atrair público para as apresentações. “Como são muitos espetáculos disputando público, Francisco tem sido um diferencial, nos ajudando a filipetar”, conta Ricardo, pai coruja, orgulhoso da cria.
Nas fotos e vídeos, o pequeno integrante aparece junto à mesa de luz, mas também no palco e nos bastidores do Festival, ostentando sua credencial de produtor da companhia paulista, que tem mais que o dobro de sua idade de história, e conta ainda com Rudi Solon no elenco desta montagem.
Para a Fundo Falso, levar “Fraude Honesta” ao Fringe já é motivo de orgulho. Agora, dividir esse palco global com um membro tão jovem da família só reforça o espírito experimental e colaborativo do grupo. “Além da aportunidade de fazer imersão no inglês e ficar com um baralho na mão o dia inteiro, a vinda do Francisco está nos permitindo ficar mais de um mês fora de casa, sem a preocupação de estar longe dele”, completa Malerbi.
O público escocês já bateu palmas e a web brasileira não para de comentar, afinal, quantos festivais oferecem espetáculos produzidos por uma criança de 9 anos? Se o Fringe é a maior vitrine de artes cênicas do planeta, Francisco Malerbi acaba de estrear no meio artístico em grande estilo.
O Pega a Visão fica por aqui, mas na semana que vem tem mais novidades, estreias e bastidores do mundo do ilusionismo pra você.
