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GASCON NO BRASIL, GREG WILSON NO GOLF E FISM EM CHAMAS – PEGA A VISÃO

O “Pega a Visão” de hoje chega afiado: o chileno Gabriel Gascon desembarca no Brasil com uma turnê de bolinhas de esponja e ideias fresquinhas, Gregory Wilson troca baralhos por tacos e assume de vez a persona @thegolfmagician, e o FISM 2025 continua pegando fogo nas redes, entre elogios à inovação, questionamentos ao júri e o debate sobre quando (finalmente) veremos um Grand Prix feminino. Quer saber o que Gascón vai aprontar nas conferências, qual será a próxima tacada mágica de Wilson e por que Turim ainda está rendendo tanta discussão? Então pega a visão e cola com a gente.

GABRIEL GASCON VEM PARA O BRASIL

Considerado hoje um dos grandes nomes da mágica latino-americana, o chileno Gabriel Gascon se especializou em explorar e renovar o clássico número das bolinhas de esponja. A pesquisa rendeu a série de quatro livros ReBallution, El Regalo, La Bola Oculta, e Debo ser Honesto, publicados pelo selo colaborativo MagiEreida Ediciones, criado para dar voz a autores latino-americanos e conectar essas obras à comunidade mágica global. Além da bibliografia, Gascon lançou efeitos que caíram no gosto dos profissionais, caso do icônico Dejablue, e tem se apresentado em convenções internacionais, inclusive no programa Penn & Teller: Fool Us onde fez a proeza de enganar os dois veteranos.

Para a alegria dos mágicos brasileiros, com o apoio da Mágica Mais, Gascon faz temporada no país com conferências e shows voltados a técnicas de esponja e teoria da apresentação. Confira as datas: 08/08 Itajaí-SC, 10/08 Brasília-DF, 11/08 Belo Horizonte-MG, 12/08 Rio de Janeiro-RJ, 15/08 São Paulo-SP(Mágica Mais) e 16/08 Porto Alegre-RS. Uma chance rara de ver ao vivo as rotinas e o pensamento de quem transformou um efeito simples em campo aberto para inovação.

Além de mágico e conferencista, Gabriel Gascon também assina a produção do CLIC – Congresso Latino-Americano de Ilusionismo Contemporâneo, que acontecerá em novembro. Ele cuida da curadoria de palestrantes, workshops e mostra de efeitos inéditos, reforçando sua missão de valorizar a cena latina. Detalhes sobre datas, programação e inscrições estão no seguir o perfil oficial no Instagram clic.congreso.

Estamos ansiosos para assistir de perto e conferir tudo o que ele nos trará de inovador.

GREGORY WILSON AGORA É O MÁGICO DO GOLF

Poucos nomes têm tanto peso no close-up moderno quanto Gregory Wilson. Vencedor de prêmios no FISM e presença constante em convenções, ele publicou dezenas de efeitos e DVDs clássicos como On the Spot, Ringleader, Double Take, Pyro-Maniac, entre muitos outros, além de uma série de conferências que redefiniram técnicas de rotina improvisada e a maneira como pensar a “distração”. Foi uma das vozes que popularizou a ideia de “mágica impromptu” como forma profissional de entretenimento.

Agora, Wilson reposiciona a própria marca: adotou o usuário @thegolfmagician nas redes sociais e passa a criar conteúdo voltado ao público do golfe. A mudança inclui efeitos com tees (aquela cravinha do golf), marcadores de bola e até tacos, além de dicas de psicologia do engano aplicadas à performance esportiva. Depois de décadas servindo baralhos e moedas ao cardápio dos ilusionistas, ele mira os golfistas e promete trazer muita inovação.

O que devemos esperar dessa guinada? Rotinas clássicas reimaginadas com bolas de golfe? Novos gimmicks camuflados em luvas e bolas? Se a inventividade de Wilson continuar no mesmo ritmo, em breve teremos uma inovação na produção de bolas de golf.

E O FISM AINDA ESTÁ DANDO O QUE FALAR

O Campeonato Mundial de Mágica (FISM) terminou há apenas uma semana em Turim, mas o assunto continua quente nos bastidores. A edição foi apontada por muitos como a mais inovadora e tecnicamente forte dos últimos anos, coroando o italiano Francesco Della Bona como Grand Prix de palco graças a um ato de manipulação impecável. Ainda assim, colegas de bastidores lamentaram a ausência de um prêmio máximo feminino. Nas redes sociais, mágicos falaram publicamente sobre as rotinas de Calista Sinclair e Léa Kyle, afirmando que “para a maioria de nós, vocês são as verdadeiras vencedoras e a mágica de que precisamos no futuro”, enquanto, em mensagem privada, questionou “como a competição deveria mudar” diante de “decisões muito estranhas”.

A pontuação do argentino Arturo Fuenzalida, destaque no último FLASOMA, também gerou comentários. Embora seu número fosse considerado um dos mais originais da convenção, o júri internacional não o colocou entre os primeiros lugares, alimentando debates sobre critérios, categorias e formação dos avaliadores. Para muitos, o FISM perdeu uma oportunidade histórica de celebrar maior diversidade no pódio, para outros, as discussões fazem parte do processo de evolução de um evento que, apesar das críticas, segue sendo o principal ponto de encontro, aprendizado e troca para quem vive da arte mágica.

Entre paixões e desavenças, o consenso é que o FISM mantém seu prestígio, quem sonha em competir ou simplesmente assistir sabe que poucas experiências trazem tanto repertório, aprendizado e inspiração num único palco. As conversas sobre julgamentos, transparência e representatividade devem intensificar-se nos próximos meses, mas, até a edição de 2028, o legado de Turim já aponta um caminho, mais ousadia técnica, mais vozes no diálogo e, quem sabe, um Grand Prix feminino que reflita o talento que já brilha nos palcos.

O Pega a Visão fica por aqui, mas na semana que vem tem mais novidades, estreias e bastidores do mundo do ilusionismo pra você.

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