Artigo

É com muita alegria que anunciamos o retorno da coluna Mágicos do Passado, um ambiente onde retratamos os grandes nomes da arte do ilusionismo. Essa proposta de texto surgiu para mim em meados de 2020, no meio da pandemia. Precisava trabalhar de alguma maneira, então comecei a escrever textos sobre mágica e transformá-los em postagens para o Instagram da Mágica Mais, loja do meu amigo Bruno, que me abriu espaço para dar vazão às minhas ideias e me ajudou financeiramente durante aquele período de trevas. Sou eternamente grato pelo que produzimos juntos naquela época.

Em pouco tempo, outras publicações surgiram na internet sobre os mesmos temas, muitas se inspiraram no mesmo lugar que eu: o finado blog Agua & Azeite. Dali roubei diversas ideias e textos para transformar em conteúdo. Comecei a estudar mais e mais, e hoje vejo que ainda não sei nada, quem dirá naquela época. Em 2021 conheci Henri Sardou; na época o Henri produzia para o Mágico Online e para o Acervo Mágico, textos na mesma pegada do que eu fazia. Não deu outra: formamos um casamento perfeito. Henri me convidou para trabalhar com ele e cá estamos até hoje.

De lá pra cá produzimos muita coisa bacana, Sardou me ensinou e me ensina muito até hoje. Contudo, se existia uma coluna em específico que nos orgulhávamos e tínhamos tesão de fazer era a extinta coluna que publicávamos no MO, `Mágicos do Passado. Os primeiros textos lá eram do Henri; os dele eram mais bem elaborados que os meus, tinham uma estrutura mais madura, coisa de quem já sabia o básico de como escrever um blog. Eu levei, e levo até hoje, um tempo para entender esse estilo de escrita e de pesquisa, mas logo comecei a publicar os meus textos. Se não me engano, passei de 50 textos sobre os mais variados mágicos, dos modernos aos pós-modernos, chegando até a criar uma nova linha editorial que seria o mágicos contemporâneos, pois já havíamos falado de muitos mágicos antigos e queríamos mudar um pouco. Acabou que nosso contrato encerrou antes, mas sempre ficamos com um gosto bom na boca, ainda que fosse um gostinho de quero mais. Continuei por alguns anos escrevendo para o Acervo Mágico, mas eram outros temas, coisas diferentes sobre a arte mágica.

Em 2024, o ávido Henri Sardou queria mais. Queria criar algo novo para que pudéssemos movimentar o meio mágico novamente, sem pretensão alguma, mas com muita vontade de trabalhar. Então surgiu o Adoro Mágica: um site, um blog, um jornal, um conjunto de artistas escrevendo e pensando sobre a arte mágica e suas notícias mais quentes. Mas ainda precisávamos de uma coluna de história. Eu confesso que, ao mesmo tempo que queria, também sentia uma certa preguiça de voltar a estudar e escrever sobre o assunto. Hoje, mais maduro, vejo que meus textos eram horríveis, uma versão piorada da Genii Magazine. Mas ainda existia um anseio por escrever sobre o assunto.

Em uma conversa com o Gui Ávila, dono do MO, o Henri conseguiu a liberação do nome que ele havia criado anos antes. Agora, `Mágicos do passado era nosso, só faltava eu trabalhar nesses textos, mas não queria copiar o que já havíamos feito, então enrolei o máximo que pude… até chegar a data deste dia.

Hoje, oficialmente, voltamos com o tão aclamado (por 3 leitores) MÁGICOS DO PASSADO. Um tributo, uma singela e curiosa homenagem aos nossos antepassados que pavimentaram o caminho para que nós pudéssemos fazer neve chinesa na televisão. Uma ode aos grandes maestros que nos deram a trilha para cartas ambiciosas e baralhos bêbados. Olhar para o passado e respeitá-lo, é parte do processo de pesquisa para buscar uma nova mágica, e a melhor maneira é com uma boa história – mentirosa e engraçada, mas sempre instigante para que possamos buscar mais.

Nanos gigantum humeris insidentes.

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