O “Pega a Visão” de hoje vem com mesa posta e bastidores quentes: João Biolchi estreia a sessão “Práxis – Uma Sessão de Mágica” no Acústico Comedy e coloca o público a centímetros das cartas; vazam as primeiras imagens do baralho autoral de Daniel Prado, já causando burburinho entre colecionadores; e, na TV, Pyong Lee reaparece no “Melhor da Noite” com um número que ficou abaixo do esperado e rendeu críticas. Bora aos detalhes? Então pega a visão e vem com a gente!
CARTAS NA MESA: JOÃO BIOLCHI ESTREIA “PRÁXIS” EM SÃO PAULO
João Biolchi estreia em São Paulo, nesse sábado, seu show “Práxis – Uma Sessão de Mágica” no Acústico Comedy, às 22 horas. O show de mágica surge como resultado do estudo constante de João, em sincronia com sua carreira no stand-up, recheado de momentos leves e engraçados, também traz consigo potência mágica de sobra para construir um ótimo entretenimento para adultos. Uma abordagem nova da mágica no Brasil, que pode trazer uma mudança na maneira de consumir mágica, tanto em questão de público quanto em questão de modelo.
Quem já viu cartomagia espanhola (em especial Dani DaOrtiz) conhece o formato das “sessões”; esperamos que, aqui no Brasil, esse seja o início de um movimento bem estabelecido como em outras partes do mundo.
Divulgação
As sessões mágicas têm uma história antiga: no século XIX, Hofzinser já fazia encontros íntimos em salões de Viena, com plateias pequenas ao redor de uma mesa para ver a mágica a centímetros dos olhos.
No século XX, a linha ganhou corpo com Arturo de Ascanio e sua escola espanhola de pensamento técnico e inovador. Com Dai Vernon, “The Professor”, que lapidou a naturalidade como princípio, e Juan Tamariz, que popularizou o modelo e o improviso, consolidando o estilo de estudo à mesa em que um baralho rende uma noite inteira.
O formato é simples e poderoso: pouca gente, muita proximidade e a ideia de que a conversa, a atenção, a psicologia e a técnica valem tanto quanto qualquer aparato.
“Práxis – Uma Sessão de Mágica“, escrito, dirigido e performado por João Biolchi, acontecerá nesse Sábado, 22h no Acústico Comedy – R. da Consolação, 2518, Consolação, São Paulo. Os Ingressos promocionais podem ser adquiridos no Sympla.
Chegue cedo para garantir um lugar perto da ação.
Reprodução da internet
VAZOU! VEJA PRIMEIRAS IMAGENS DO BARALHO DE DANIEL PRADO
Rodou nos grupos de mágica nesta semana o que parece ser um dos lançamentos mais comentados do ano no cenário nacional: as primeiras imagens do primeiro baralho produzido pelo cartomago brasileiro Daniel Prado.
As fotos, vazadas de um grupo restrito de WhatsApp, mostram o Ás de Espadas, o Coringa e o Rei de Paus, este último chamando atenção pela ausência de rosto na ilustração.
Ao ser questionado, Prado confirmou a autenticidade das imagens e explicou que se tratam de um estudo para o design final do baralho, que será lançado em breve. “Eu tava terminando o design final e ainda ia fazer uns mockups para divulgar”, lamentou o artista.
O projeto, que será financiado de forma independente (possivelmente via Kickstarter), terá produção pela Make Playing Cards.
Além de cartomago, Daniel é artista gráfico, e revelou que a ideia inicial era que todas as figuras fossem sem rosto. “Em minhas apresentações, conto a história do trapaceiro, que ninguém sabe quem é”, contou.
Vegano e ateu, Prado desenhou um baralho com detalhes curiosos, como o Ás de Espadas, que traz a ilustração de um polvo, e o Coringa, que apresenta sua silhueta com chifres de demônio, uma homenagem aos famosos “diabinhos” dos cartazes de mágicos clássicos como Thurston, Kellar e Blackstone. O traço das demais figuras segue como base o padrão clássico inglês.
Seja por financiamento coletivo ou produção direta, fato é que em breve teremos mais um baralho autoral de um mágico brasileiro para a alegria dos colecionadores e amantes da cartomagia.
Reprodução da Internet
PYONG TENTA FAZER MÁGICA NA TV, MAS DEIXA A DESEJAR
Nessa semana, no programa “Melhor da Noite” da Band, depois de um longo hiato na TV, após sua polêmica participação no BBB, Pyong Lee apareceu executando números de mágica e o resultado ficou aquém do status de quem se apresenta como “um dos melhores”. Spoiler: foi ruim.
Um efeito fraco, com o resultado extremamente ligado ao método, e com uma tentativa (também fraca) de criar algum tipo de pista falsa. Tudo foi tão mal executado que ele conseguiu vazar um dos vanishes mais fáceis de toda a cartomagia.
O ápice foi a tentativa, frustrada, de criar alguma dinâmica com cartas invisíveis; falhou, pra depois mostrar a seleção do espectador inexplicavelmente subir pela sua garganta e sair de sua boca, encharcada de cuspe, sendo balançada grotescamente numa revelação demorada e sem timing.
Em síntese, a execução foi descuidada e o número não se sustentou. Depois dessa apresentação, podemos concluir que, enquanto mágico, hoje em dia, Pyong é um ótimo hipnólogo. Talvez o ostracismo seja a melhor opção mesmo.
O Pega a Visão fica por aqui, mas na semana que vem tem mais novidades, estreias e bastidores do mundo do ilusionismo pra você.
