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Jonas Caetano: Campeão do Concurso de Felipe Barbieri Fala Sobre Mentalismo e Lançamento de Livro

O cenário da mágica brasileira acaba de ganhar um novo nome para se acompanhar de perto: Jonas Caetano, mentalista de São Carlos (SP), foi o grande vencedor do concurso de mágica promovido por Felipe Barbieri, e agora prepara o lançamento de um livro sobre mentalismo livre que promete mexer com a comunidade mágica.

Aos 30 anos, Jonas trilha um caminho sólido dentro do mentalismo. Seu número apresentado na final do concurso impressionou os jurados e o público. E não foi por acaso. O resultado é fruto de uma dedicação intensa e apaixonada por uma das áreas mais instigantes da mágica: o propless mentalism, ou mentalismo livre — uma vertente que dispensa qualquer objeto, deixando o foco total na mente do espectador e do mentalista.

Conversamos com Jonas sobre sua trajetória, conquistas, dificuldades e planos futuros. A seguir, você confere esse papo que, além de inspirador, revela muito sobre os rumos da mágica contemporânea no Brasil.

ENTREVISTA

Como começou sua jornada na mágica?
Meu primeiro contato foi por volta dos 12 anos, em um hotel em Gramado. Um mágico estava se apresentando informalmente na recepção e eu fiquei fascinado. Voltei para casa e comecei a pesquisar na internet — lembro de encontrar sites como Universidade da Mágica e Império da Mágica. A partir dali, a mágica virou meu hobbie. Só que nos últimos dois anos, especialmente entre o fim de 2023 e o ano de 2024, comecei a me aprofundar no mentalismo, desenvolvendo meus próprios efeitos e métodos.

Por que escolheu o mentalismo livre como foco?
Porque ele gera uma dúvida mágica muito poderosa: “Foi truque ou algo paranormal?”. O fato de não utilizar nenhum objeto físico deixa tudo mais limpo, direto e forte. Tenho trabalhado num sistema que criei, capaz de revelar pensamentos como nomes, signos, animais, datas e cartas — e as reações que tenho tido com isso são incríveis.

Quais são suas maiores referências?
Internacionalmente, Peter Turner, Phedon Bilek e Michael Murray. No Brasil, o Felipe Barbieri com certeza. Além de ser uma inspiração, ele tem um canal excelente. Também gosto muito do canadense Reid Ferry — o canal dele é um dos melhores para quem quer começar no mentalismo.

Como foi participar do concurso do Barbieri?
Foi uma experiência desafiadora e transformadora. Me obrigou a colocar em prática o que eu vinha estudando. Na final, decidi apresentar uma das mágicas mais difíceis e impactantes que já desenvolvi. Não esperava ganhar — queria apenas ficar no Top 3 e guardar o troféu como lembrança. Quando vi que tirei a maior nota da final, fiquei extremamente feliz e emocionado. Foi o reconhecimento de muito esforço.

O que você acha que fez você vencer?
A preparação. Pensei durante dias sobre qual número apresentar, estudei o método, memorizei, treinei com desconhecidos na rua e só então gravei. O número exigia muita memorização e concentração. Valeu cada segundo.

Como você vê o nível da mágica brasileira?
Achei o nível dos competidores ótimo. O concurso também me permitiu conhecer outros mágicos brasileiros — esse fator social foi muito positivo.

Quais seus planos futuros?
Quero lançar meu livro sobre o sistema de mentalismo livre que venho desenvolvendo. Inicialmente, será em inglês, pensando na comunidade internacional, que é mais ativa nesse nicho. Mas pretendo lançar uma versão em português também. Além disso, quero publicar mais vídeos no meu canal Mágica Mental, mostrando o funcionamento dos métodos que criei.

Qual sua visão sobre o aprendizado de mágica pelo YouTube?
É uma ótima porta de entrada. Mas quem quiser se aprofundar de verdade, vai precisar mergulhar em livros e cursos mais específicos.

Para quem quiser conhecer mais seu trabalho?
Pode me encontrar pelo canal Mágica Mental no YouTube, ou pelo e-mail jonascaetano1@gmail.com. Estou aberto a trocas e colaborações.

Jonas Caetano representa com clareza uma nova geração de mágicos brasileiros, aqueles que não apenas performam, mas estudam, pesquisam e se arriscam na criação de caminhos próprios. Seu trabalho no mentalismo livre mostra que a mágica pode ser mais do que entretenimento: pode ser reflexão, invenção e experimentação artística. Um nome que aponta para o futuro da mágica brasileira, com identidade e inovação.

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